Pessimismo ou Derrotismo é o termo que descreve a atitude de aceitar a perda sem lutar ou sem a vontade de lutar.
Então, podemos dizer que a atitude derrotista é uma autolimitação, um pessimismo, uma crença de que as suas ações estão condenadas ao fracasso antes mesmo de tentar. Os pensamentos derrotistas geralmente se validam tornando-se (auto) profecias que se realizam.
Por exemplo, há quatro pontos de vista de um jogador de um time qualquer.
1º) “Definitivamente vamos vencer.”
2º) “Nossos jogadores são os mais altos e mais habilidosos.”
3º) “Nunca vamos vencer.”
4º) “Acho que poderíamos vencer.”
Pessimismo é a afirmação número três, pois é uma atitude derrotista. É fácil olhar para isso e saber por que não é um ponto de vista construtivo. Se você sempre espera falhar, nunca tenta. Se você nunca tentar, nunca poderá ter sucesso. Apesar de tudo isso parecer tão óbvio, muitos de nós são atormentados por uma atitude autodestrutiva em um momento ou outro. Mesmo que não seja incapacitante, alguns deles podem até usá-lo para ser preguiçoso e evitar desafios.
Pensamentos autodestrutivos nos impedem de alcançar nosso pleno potencial. (Tanya Dragylovich)
Ao longo da sua vida, foram muitos os motivos e eventos que introjetaram esta “crença limitante” destrutiva em seu inconsciente, tais como: Crítica dos pais, ausência de elogios, castigos por ter fracassado ou por baixo desempenho, ausência de aconselhamento positivo e orientação, medo, bullings, humilhação, abandono etc.
Porém, por mais que neguemos ou ignoremos, os inevitáveis fracassos atuais (pelos quais todo mundo passa) trazem de volta e potencializam os sentimentos de desvalia que as experiências ruins do passado deixaram em nós, levando-nos a acreditar que somos azarados, ineficientes, sem talento algum, fadados ao fracasso etc.
Tudo isso não é novidade, mas tem um fator para o fracasso que quase não é citado: Pouco Autoconhecimento.
Em síntese, você sempre se sentirá uma pessoa fracassada até entender a sua verdadeira natureza, parar de se comparar com os outros e de tentar fazer os que os outros fazem.
Por exemplo, um peixe se dá muito bem no seu ambiente, a água, mas, se você o colocar em terra firme, certamente morrerá, por mais que tente sobreviver. Ele não é um “fracassado”, somente está no lugar errado. Sua natureza é ser da água.
Algumas pessoas que tentam imitar gente famosa acabam decepcionadas e infelizes, pois ainda não entenderam que são diferentes daqueles que pretende imitar. Isso não significa que são fracassadas, mas, tão-somente diferentes.
— O que ele tem que eu não tenho?
— Ele tem ele. Você não tem ele. No entanto, você tem você. E somente você tem você.
Então o meu conselho é bem simples: Busque autoconhecimento em todas as áreas.
Em suma, responda algumas das perguntas abaixo (e outras mais que julgar importante):
— Quem sou eu?
— Do que eu realmente gosto?
— Do que definitivamente eu não gosto?
— O que me dá prazer íntimo, satisfação pessoal?
— Qual é o meu verdadeiro chamado?
— O que, de fato, me causa repulsa e indignação?
— No que eu já sou naturalmente bom e, caso decida me dedicar, poderei alcançar excelência?
— Quantas vezes estou disposto a tentar até alcançar meus objetivos?
— O que eu posso fazer que tem valor duradouro? (Ex.: Ser um excelente pai ou mãe para os meus filhos)
De antemão, saiba que você nunca alcançará um autoconhecimento pleno, pois à medida que o conquista, você vai sendo transformado por ele. É como uma “cenoura de burro”, mas é uma boa “cenoura”, pois te impulsiona para frente.
Por exemplo, certa vez ouvi falar de um brasileiro que, nesta busca por autoconhecimento, viajou para a Europa e lá conheceu uma pequena oficina de um reparador de tapetes persas. Ele ficou tão encantado com esta atividade que não voltou mais ao Brasil. Começou a trabalhar com aquele tapeceiro e se tornou ainda mais excelente que o seu professor.
Igualmente, nós podemos nos destacar em qualquer área, desde que respeitemos a nossa natureza. Os leões são seres magníficos, mas não podem voar. A macieira é um arvoredo muito bonito e de grande relevância econômica, porém, por mais que seja apreciada, nunca produzirá morangos.
Como dizem por aí, “seja a sua melhor versão”.
Título: Pessimismo
Autor: Prof. Ronaldo Franco
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